do meu quarto, vejo um gato sentando no alto da janela de um vizinho. ora observando a casa, ora observando a rua. de cima do muro da janela do 7º andar, ele espreita o tempo. tenho reparado nele por diversas noites. lembro-me da minha aflição no primeiro dia. hoje, nem me surpreendo. lá, ele se demora hora até ouvir uma mesma resposta. eu, neste meio tempo, me distraio e no instante seguinte não o vejo mais. me assalta, o olhar repentino lançado ao chão. me desconcerto. não sei direito o quanto me culpa esta escolha. e nada dela desejo ao gato. bicho esperto. no desviar dos meus olhos, bem abaixo do meu nariz, ele decide pular. sempre para o lado de dentro. não penso. sei. o natural não necessita nenhum esforço para se fazer compreender. por fim, não este. é o outro que a mim intriga.
o tal bicho homem e...
o que faz dele capaz de contra o solo se lançar?
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