O Turno
enquanto faço café, espero ele. meu destino masculino. ele vem me alcançar, depois de uma má noite de sonhos da qual desperto com todas as decisões tomadas. de onde elas vêm: mal sei... bem sei...
O Mês
há meses, quase tenho pensado em o que fazer daqui para frente. é um pensamento tão desesperançoso e cansativo que fico no "quase". quase chego a várias conclusões que, na manhã seguinte, já não me servem para nada.
A Objetividade
quando tenho que decidir uma coisa pontual ultimamente, coloco a questão em meu círculo de pensamentos. ela fica flutuando levemente em minha cabeça, sem importância. por um ou dois minutos, ao longo do dia, fito-a sem emoção, lembrando-me das razões, repetindo a pergunta e, em seguida, trocando de pensamento antes de achar respostas.
A Epifania
da noite para a manhã, as decisões me aparecem com a mesma intensidade e clareza dos dias, que tanto incomodam a minha vista. uma certeza tão forte quanto a luz matinal que, com dor, me obriga a fechar os olhos e, em seguida, as cortinas. sem mais, tomo uma atitude.
A Subjetividade
certeza não é sinônimo de acerto. as decisões por vezes são equívocos. no entanto, uma decisão errada hoje para mim é como comida estragada: dá dor de barriga, mas não mata. também não me preocupo com coerência. coerência não me parece algo humano. deve prevalecer apenas em roteiros de filmes policiais ou de ação.
A Expectativa
palavra que já me parece demais.
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