bagunça calada em omissão
eu organizo tudo, quase todos os dias, nos mesmos cantos fora do lugar
portas fechadas e o armário-baú abarrotado de desuso
suspenso no tempo-poeira, o mundo paira empolado em gavetas-compressões
vestidos mal pendurados em cabides, amassados antes de usar
roupas que não vestem, não cabem, nem cobrem
meu-ser em frente ao espelho-armário.
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