dilúvio caindo. eu, encantada, olhando a chuva alimentar o mar. vento, respingos, clarões, trovões. uma chuva inteira, eu absorvida. bahia afogada, eu em palafita protegida. como é bela a chuva para os que sentem ao lado sol. é descanso. descansei. caminhei meia hora, ou mais, sob sol aprumado de uma da tarde. entrei com ele pelo domingo até derramar-se a chuva redenção. posso adivinhar a hora em que a primeira gota beijou o mar, mas nesta mesma hora já tinha eu os olhos fechados da entrega. ventura. adivinho teu nome, ainda futuro desconhecido. somos dois em sonho do quase possível simplesmente estar e, assim, vamos em frente. nos conhecer. quem sou eu, quem és tu, quem é março, seu primeiro domingo e novas águas. assim por todos os dias e todas noites. assim como a chuva começa. assim por onde ela desejar passar.
Roteiro inexistente para uma cena triste
Há 3 anos
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