e eu a abri por tê-la visto brilhar em envelope tímido, desconhecido. nem vaidade, nem curiosidade, nem libertinagem. uma carta singela, de papel claro letras transparentes, que logo não entendi e, então, observei suas formas por mil leituras.
vi a carta e ela a mim, em códigos estranhos e estranhamente compreensíveis. renitência, resistência. uma mesma carta, outra em tantas leituras, que a mim pertencerá sem nada a fazer ou preservar.
carta - papel, lenço, lençol - matéria e sonho de corpo translúcido e transitório entre o que tem e o que perde lugar.
uma carta.
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