terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

narrativa de solidão I

olhos com vistas ao mar. assim foi morar tua janela, de frente para as ondas. seu olho sabe a vida que as ondas significam e, bem do lado esquerdo - logo lá, do mesmo lado em que se sustentam coração e anel, há o encontro de duras águas. vontade e dificuldade.

o mar encontra tudo que há pela frente... até outro mar. ele embebe-se de todas as águas, arrasta areia, desgasta pedra.

pedras lá também estão, frente aos olhos, em terra firme maré cheia, maré vazia; ora distante, ora diante das vistas.

onde moram teus olhos, cabem navios. e cabe eu.

vai-vem vida, sem nenhum duvidar.

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