quinta-feira, 16 de abril de 2009

Chorei até o fim. Quando acordei, no fim da tarde, pela pequena janela aberta, vi o céu, belo e de natureza indiferente. Por assim entendê-lo, percebi que já não estava louca. E se havia chovido de manhã, no meio da manhã ou ao meio dia ou se toda a água fina que parecia cortar a minha pele fosse apenas sonho... Eu era lucida como aquele azul. E, como ele, eu não tinha tanta força. Por prever o tempo que ameaçava escurecer a sua beleza, novamente escorreu-me lágrimas. Eu sabia que, no escuro, também o céu teria para si as estrelas do sempre e do novo acontecer. E, provavelmente por tudo isto, tive ainda mais medo de para sempre restarmos sós.

O céu ainda claro e eu nova chuva.

O desatino pareceu-me um viver solitário.

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