quinta-feira, 30 de outubro de 2008
meninas crescem mais rápido
quarta-feira, 29 de outubro de 2008
terça-feira, 28 de outubro de 2008
Quando você não relaciona o teatro a sua verdade, você o relaciona a quê?
tende piedade de nós"
Então, por que a morte do ator ainda é cênica?
- O direito de poder imaginar: estou farta de vê as coisas como elas são, quero vislumbrá-las.
- Profissionais que vendam as suas emoções e não o seu corpo: o corpo do ator é veículo de sua arte e não produto.
PS: Um dia com calma, tempo e mais jeito, voltarei a esta digressão.
quinta-feira, 23 de outubro de 2008
desassossego
Será mesmo preciso ser dono?
De tudo que tenho, sou eu mesmo o excesso e a falta.
domingo, 19 de outubro de 2008
quinta-feira, 16 de outubro de 2008
batendo as botas
- O quê?
- Nossa amizade.
- Não entendi. Amizade é coisa que não termina.
- Tem certeza?
- Nós não brigamos.
- Não precisa.
- Precisa. Ou então, é o tempo.
- O tempo?
- É. Ou a falta de tempo.
- Piada.
- Mas por que isso?
- Não gosto de ver as coisas se acabando.
- Pois, eu odeio final.
- É tudo ciclo: começo, meio, fim.
- E quando sabe que está no fim?
- Quando começa a diminuir o valor.
- Perdemos o valor?
- Se não terminarmos aqui, perderemos em breve.
quarta-feira, 15 de outubro de 2008
Epifania: uma bela manhã de 91
Eu e a minha irmã aprendemos algumas músicas juntas. Ficávamos repetindo as letras um bom tempo até memorizar. Lembro-me que foi assim, em diferentes momentos das nossas vidas, com Os barcos, Tarde em Itapuã e Aquarela, que achamos despretensiosamente nas páginas de um livro de desenho. Ficamos horas nos divertindo e cantarolando a música. O nosso dueto infantil de Aquarela teve uma inesperada carreira: um dia, a professora resolveu fazer um trabalho e o som não funcionou, fui chamar a minha irmã na sala dela e nós duas cantamos juntas para algumas turmas da 4ª série. Eu tinha 10; ela ia fazer 13 e estava na 6ª.
(...)
"E ali logo em frente a esperar pela gente o futuro está
E o futuro é uma astronave
Que tentamos pilotar
Não tem tempo nem piedade
Nem tem hora de chegar
Sem pedir licença muda nossa vida
E depois convida a rir ou chorar
Nessa estrada não nos cabe
Conhecer ou ver o que virá
O fim dela ninguém sabe
Bem ao certo onde vai dar
Vamos todos numa linda passarela
De uma aquarela que um dia enfim
Descolorirá
Numa folha qualquer eu desenho um sol amarelo
Que descolorirá
E se faco chover com dois riscos tenho um guarda-chuva
Que descolorirá
Giro um simples compasso e num círculo eu faço o mundo
Que descolorirá"
Aquarela
O que nos lembra
Uma metade tristeza, uma metade alegria
A magia da verdade inteira, todo poderoso amor
A magia da verdade inteira, todo poderoso amor
É sempre bom lembrar
Que um copo vazio
Está cheio de ar"
Copo Vazio - Gilberto Gil
domingo, 12 de outubro de 2008
decerto
deixo você ser a sua forma
não cabe a mim os planos
deixo ser sem qualificação
não são duas nem mil
as faces do vir
"Há de chegar com uma cara, uma roupa e uma palavra na boca."
sábado, 11 de outubro de 2008
quinta-feira, 9 de outubro de 2008
Ato de refazer
Destruir/Reconstruir/Destruir/Reconstruir/Destruir/Reconstruir/Destruir/Reconstruir/Destruir/Reconstruir/Destruir/Reconstruir/Destruir/Reconstruir/Destruir/Reconstruir/Destruir/Reconstruir/Destruir/Reconstruir/Destruir/Reconstruir/Destruir/Reconstruir/Destruir/Reconstruir/Destruir/Reconstruir/Destruir/Reconstruir/Destruir/Reconstruir/Destruir/Reconstruir/Destruir/Reconstruir/
domingo, 5 de outubro de 2008
Foi também amor II
Cabem, a ele, todos os pretéritos:
o perfeito, o imperfeito e o mais-que-perfeito.
Tenho para ti um "sejas feliz"
sábado, 4 de outubro de 2008
estado
como a morte está para o nunca mais.
Há quanto tempo, de nós, está o eterno?
Antes do princípio e do fim, muito do não lembrar.
No eterno, descansa o morto.
Foi também amor
Dele, pode-se ter apenas uma felicidade simples.
E, quando assim não for, já foi.
sexta-feira, 3 de outubro de 2008
Miguel Torga