domingo, 29 de novembro de 2009

um último


este é um último credo.

no qual ponho a insistência da minha fé.

espero que possa durar suficientes linhas. e convencer a algum outro.

de fato, nada novo a declarar, mas uma nova palavra:

- fascínio.

vejo que nunca a havia escrito aqui. que isto de alguma surpresa nos encha.


continuo desejo. continuo ansiedade. continuo fogueira. continuo - sem abandonar e sem cortar - pulsos. em saltos; queda acima, queda abaixo. de olhos fechados para suportar o ardor.


este é o sétimo dia. não suporto eu descansa-lo, sem conformar-me com o como será do tempo que não dito.


(longa pausa)


por muitos erros e equívocos, entra a vida em suspensão.

não quero olha-la enquanto ela estiver no alto. muda, morta e salva.

antes que ela caia de queixo no chão, boca aberta, olhos escancarados, espatifada em mil pedaços.

creio. isso a ele assusta.


matem o não-suicida - que cumprimenta a morte do alto de sua janela, de muitas telas e nenhum vidro. alguém o empurre de lá. jogue-o vida abaixo. raiva, ódio, nojo. quero tortura-lo com beijo-vinho em corpo quente.


este. o último credo.

no qual ponho insistente a minha fé.

espero durar suficiente linha.

- fascínio.

quero mata-lo.


Nenhum comentário: