Há quem precise estar dopado. Ontem, compreendi. É descanso, paciência, tempo dilatado. A lenta sensação interna de estar bem, uma impressão de poder fazer tudo e, talvez o mais impressionante, o querer não urgente. É como lembrar e esquecer as próprias vontades, adormecer os sentidos e a sensibilidade. Pode ser reconfortante tanto quanto um lençol branco limpo, que na manhã seguinte acorda mal passado.
Amo os meus desejos. Quero tê-los.
Mesmo inconstantes, mesmo sussurados.
Embora, na maioria das vezes, sofra-os ansiosamente,
com a minha demasiada pressa.
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