Sempre que é descoberta, a doença se fortalece. Reúne todas as suas forças para continuar a viver. Anônima, ela pode andar despreocupada, consumindo o sangue de cada dia. Mas, basta que pronunciem o seu nome uma única vez, para que ela, de dentro de onde estiver, defenda-se e ataque de todas as formas. É assim agora. Sempre tenho dor de cabeça, sempre enjôo, sempre queimo. É ela, a doença, lutando ambiciosamente pela própria vida. E eu, que passei um bom tempo tentando conviver com ela, até entendo a sua hostilidade. Eu nem a estou combatendo. Mas, ela tem muito medo de morrer.
Roteiro inexistente para uma cena triste
Há 3 anos
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