segunda-feira, 27 de julho de 2009

irregular

nos dias sem som e sem silêncio, sempre sinto um desejo de jejuar, mas não é grave.
privar-me requer muita força de vontade.
e, além do mais, tenho medo de ficar santa.
Ainda sobre isto, semana passada testei meu yôga.
já esta semana, talvez, não dê para ir lá,
e nas semanas seguintes é possível que já não encontre mais o caminho.
acontece.
como se eu não soubesse os números que levam o 8 ao 80.
eu, tão antes, esqueço rápido. mudo tanto e não mudo nada.

(...)

Isto assim não pode ser... Mas como achar um remédio? --- Pra acabar este intermédio Lembrei-me de endoidecer: O que era fácil --- partindo Os móveis do meu hotel, Ou para a rua saindo De barrete de papel A gritar <>... Mas a minha Alma, em verdade, Não merece tal façanha, Tal prova de lealdade... Vou deixá-la --- decidido --- No lavabo dum Café, Como um anel esquecido. É um fim mais raffiné.

Serradura, de Mário de Sá-Carneiro, por quem me apaixonei.

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