quinta-feira, 23 de julho de 2009

sim, cotidiano.


Indo para uma reunião que me deu a oportunidade de ver a orla da Barra até o finzinho da Pituba (é bom viver nessa Bahia, viu?), me impressiono com a secura da maré. Pedras, pedras, pedras... e eu pensei "não é a praia da minha infância", não sei se com desdém ou com amor mesmo. Avisto no calçadão do meu amado bairro, o ex-namorado - o que entrou para a minha história como o último antes do meu estado civil deixar de ser solteira para sempre. Estado civil é coisa que não regride, hein? Só avança ou, com sorte e/ou azar, estaca. Então, ele estava andando com uma menina que, segundo minha memória palpita, deve ser a filha dele. Ele, acho, não casou e ainda é meu vizinho, mora (desde sempre) na esquina mais próxima do prédio onde (coincidentemente) fui morar quando casei. Eu passo praticamente todos os dias pela rua dele, mas a gente se vê menos que quase nunca. Isso para mim é, ao mesmo tempo, estranho e absolutamente natural. Afinal, pensando bem foi quase sempre assim. Eu tive (bem) poucos "namorados" e, do passado, restou apenas um amigo, além deste ex que, pelo menos, sei que está vivo. Os outros simplesmente desapareceram da mesma forma que apareceram. Eu realmente acho estranho sempre que a vida me lembra que os namorados se esquecem, mas acontece muito e com muita gente.

Umas duas horas antes do meu casamento, André me ligou para avisar que não ia poder ir. Eu não cheguei a vê-lo quando deixei o convite, uns dois meses antes, na portaria do prédio. Eu casei no Fórum Ruy Barbosa, às 11 horas da quarta-feira 18 de setembro, em 2002, depois de dormir às 3 da manhã, só, na minha nova casa. Este é o telefonema que mais me recordo de André. Não durou 5 minutos e não houve sentimentalismo.

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